Fim do IPI não agrada concessionárias

A notícia de que o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) de veículos reduzido em janeiro deste ano, vai seguir o cronograma estipulado pelo governo federal em junho e, com isso, voltará a subir de outubro em diante, não agradou os donos de concessionários em Joaçaba.
A expectativa é de queda nas vendas. “Vai retrair as vendas em relação ao primeiro semestre”, crê José Carlos Fuganti, o Juca, sócio-proprietário da Joauto.
No entanto, os donos de concessionárias acreditam nos rumores de que a isenção do IPI irá até o fim do ano. “Se permanecer o mercado continua andando”, comenta. O ministro da Fazenda, Guido Mantega desmentiu ao anunciar que o cronograma será cumprido. “Não vejo motivos para mudá-lo”, afirmou o ministro da Fazenda a jornalistas, após reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) no Palácio do Itamaraty, em Brasília.
Para carros populares, de até mil cilindradas, o IPI caiu de 7% para zero e, para veículos entre mil e duas mil cilindradas movidos à gasolina, recuou de 13% para 6,5%. Para carros flex e movidos à álcool, o imposto caiu de 11% para 5,5%. Entretanto, não houve alteração para veículos com mais de duas mil cilindradas.
O IPI de carros de até mil cilindradas, que está zerado, subirá a 1,5% em outubro, a 3% em novembro e a 5% em dezembro, retornando a 7% em 1º de janeiro de 2010.
A redução do IPI literalmente matou o carro semi-novo. Em Joaçaba, as vendas de automóveis despencaram em 60% na cidade, apontam os garagistas. As lojas, na época, tiveram de reajustar seus carros usados para baixo já que muitos modelos novos estavam mais baratos que os semi-novos. Com o IPI voltando à realidade e, ao elevar o preço do novo, pode valorizar o usado, acreditam os garagistas.
Conforme o gerente de vendas da OK Veículos, Reul Ratti, há três meses o mercado de usados esboçou reação e gradativamente está se adaptando ao IPI, colocando carros mais baratos nas garagens. “A previsão com o IPI subindo, o usado se tornará mais em conta. O mercado dos veículos semi-novos que perdem entre 5% e 10% do seu valor quando saem da concessionária também vem crescendo gradativamente. A diferença é que o semi-novo será 15% mais barato quando sair de uma garagem de usados”, comemora.