quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Projeto voluntário mantém escolinha de futsal no Bairro Amarante

Escolinha recebeu novo material esportivos como bolas e uniformes
Videira - O projeto voluntário coordenado pelo professor Antônio Sychoski Sobrinho, 50 anos, que atende aproximadamente 300 pessoas entre 6 e 18 anos no colégio Joaquim Amarante, no Bairro Amarante, onde concentra o núcleo de escolinha de futebol de salão, vem ganhando novos adeptos e parcerias.
Na quadra da instituição de ensino, os alunos recebem, gratuitamente, orientações teóricas e práticas sobre o esporte. O trabalho, mantido por Antônio há cinco anos, visa trazer melhorias na educação, saúde, lazer e bem estar social às crianças atendidas por meio da inclusão no esporte. “Sempre fui esportista e queria provar que através do esporte pode-se conquistar muitos benefícios”, comentou.
A ação voluntária mudou a cara do bairro e chamou a atenção do poder público municipal, tendo o aval do prefeito Wilmar Carelli, que planeja expandir a iniciativa para demais colégios no próximo ano. “Há um tempo, era quase impossível jogar amistosos contra equipes de outras comunidades. Hoje surgem vários convites”, comemora o técnico.
O trabalho social começou a ser desenvolvido quando seu Antônio e a esposa Neusa Aparecida Sychoski estavam retornando do trabalho e encontraram três meninos bêbados caídos na valeta de uma rua do bairro.
A partir daí, o casal arregaçou as mangas e tirou dinheiro do próprio bolso para bancar o projeto. Atualmente, eles seguem tocando o negócio, sem visar lucros, agora com apoio de comerciantes, esportistas e do vereador Léo Bom. “Não cobramos nenhum tipo de taxa, a disciplina é nossa única cobrança. Mas, também não suspendemos ninguém por causa do desempenho escolar, nem brigamos com eles. Buscamos soluções com os pais e professores deles, pois somos uma família”, acrescentou.
A iniciativa também auxiliou na evolução educacional dos estudantes. “Há cinco anos atrás, tinha criança que ficava muito tempo em uma série só. Hoje, todo mundo passa e sem ficar de exame. Esse é o nosso maior retorno”, continuou ele.
No entanto, o trabalho não fica restrito aos garotos. A procura das mulheres, que compõe cerca de 40% do grupo de matriculados, é tão grande, que a iniciativa abriu as portas para pessoas do sexo feminino e de outras idades. “Atendemos alunas a partir dos seis anos e sem limite de idade. Por exemplo, tem mulher de 44 anos treinando na escolinha e, inclusive, atletas que já serviram a seleção feminina de Videira”, exemplificou.
Sem férias
Os treinos de futsal, coordenados pelos professores Antônio e Neusa, acontecem, na quadra da escola Joaquim Amarante, em horários noturnos, de segunda a sexta, das 17h as 21h, e no sábado, das 13h as 21h. E as atividades esportivas não param neste fim de ano. O ritmo de preparação para 2012 segue com confraternizações e brincadeiras lúdicas para a garotada em datas especiais. “A criança não só quer esporte. Ás vezes, ela se sente só, quer um conselho, um abraço, uma conversa amiga. Essa é a nossa alegria, nosso principal lucro”,  salientou Antônio.



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