Nada restou debaixo dos escombros do galpão destruído pelo fogo |
Videira – O prejuízo com o incêndio no galpão de materiais
recicláveis na Rua Luiz Viecelli, no Bairro Santa Gema, em Videira, Meio Oeste
Catarinense, é de aproximadamente R$ 1 milhão para os proprietários.
O incêndio aconteceu entre a noite de domingo (18) e a
madrugada de segunda-feira (19) . Segundo os vizinhos, tudo começou com o
barulho da explosão. Um comerciante contou que foi um dos primeiros a perceber
que uma enorme fumaça saia pela porta do depósito e acionou as autoridades. Quinze homens e quatro veículos de incêndio do Corpo de
Bombeiros, sendo dois de Videira, um de Bombeiros de Fraiburgo e um caminhão
pipa da Casan com o auxilio de retro escavadeira, foram deslocados para atender
a ocorrência. Os bombeiros utilizaram 89 mil litros de água para evitar que as
chamas atingissem as residências vizinhas ao galpão. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o fogo espalhou pelo
terreno da cooperativa de lixo por volta das 22h40, mas foi controlado 5 horas
e 30 minutos depois pela Guarnição. Ninguém ficou ferido. O incêndio consumiu toda a edificação, destruindo o estoque
do imóvel e o muro da casa vizinha.
A perícia já foi feita, mas ainda não se sabe como o
incêndio começou. O laudo da perícia para saber se o incêndio foi criminoso ou
não deve ficar pronto em 10 dias. Conforme a polícia, as causas do sinistro ainda são
desconhecidas. Porém, uma hipótese
levantada pelo proprietário da AVG Reciclagem, Abraão Ventura Becker, era de
que o incêndio poderia ter origem criminosa, uma vez que aconteceu um churrasco de
confraternização na manhã daquele dia entre os funcionários no interior da
empresa, e dois suspeitos, aparentemente embriagados, dirigindo um automóvel
Kadett passaram várias vezes em frente ao local, realizando manobras bruscas
para provocar os participantes da festa. O tumulto foi controlado com a chegada
da viatura da PM, por volta das 16h30.
Eles suspeitam que seja o cunhado do dono do depósito que
tenha ateado fogo no local. O nome do acusado foi repassado à Polícia Civil,
que ainda não tinha nenhum posicionamento sobre o episódio. Os bombeiros acreditam que o incêndio pode ter sido causado
por um “toco” de cigarro. O imóvel pertencia à Vaneza Pontel que alugava o
espaço, onde trabalhavam seis pessoas e funcionava há quatro anos a empresa AVG
Reciclagem. Conforme Vaneza, o prédio, avaliado em R$ 800 mil, não possuía seguro. Já o dono da empresa, arrendatário do imóvel, revelou à pessoas próximas que as perdas com máquinas, mercadorias e uma motocicleta que estavam no pátio e queimaram chegam a quase R$ 200 mil.
Na manhã de quarta-feira (21), funcionários da Defesa Civil
do município estiveram no local para derrubar o que sobrou da estrutura do
prédio. No meio dos destroços, foram descobertos novos focos. A reportagem do Jornal A Coluna ainda tentou contato com Abraão, mas, ele não
atendeu as ligações. Familiares do Bairro Amarante, onde reside, informaram que
o comerciante estaria em um sítio no Paraná e retornaria de viagem na próxima
quarta (28).
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